sábado, 1 de maio de 2010

CONCEITUAÇÃO DE QUALIDADE PROFISSIONAL - parte 2

Não é fácil definir nossa qualidade pessoal quanto mais a de outras pessoas; mesmo que seja apenas a profissional.

Ética da qualidade

Quando julgamos ou escolhemos, apomos ao ato de julgar ou de escolher, nossa visão de mundo, nossa filosofia de vida, que sai do campo puramente especulativo para o terreno prático da ética-moral e da lógica; caso contrário, permaneceríamos estéreis, intransitivos e inconseqüentes. Por isso, devemos julgar e escolher com discernimento e responsabilidade, pois estamos interagindo e influenciando outras pessoas.
Muitos são os formadores de nossa opinião e nós somos os formadores da opinião de outros.
“O fermento que leveda a massa”- Jesus. Necessário avaliar a marca de fermento que somos...

A prática de toda filosofia-ética tende a normatizar o comportamento humano, gerando atitude e conduta, ou seja; a moral do momento, ainda distante da moral contida nas leis naturais da evolução.

Ética é a filosofia do agir

Essa responsabilidade assumida de forma consciente ou não; pelo profissional de RH, é de extrema gravidade para quem assumiu o papel de selecionador ou de julgador das capacidades do trabalhador.

Todo qualificador está interagindo com o objeto ou pessoa sendo qualificada naquele instante; responsabilizando-se direta ou indiretamente pelas conseqüências do seu julgar, que a ele retornarão mais cedo ou mais tarde.
Portanto, é necessário que tenhamos atenção: tanto no por quê..., quanto no para quê...
Nós julgamos os outros definindo capacidades; mas acima de tudo, possibilidades.

Maledicência

Toda ética efetiva-se pela educação.
E a necessidade de educação gera métodos pedagógicos.
A moderna pedagogia estimula o raciocínio que, por sua vez, amplifica nossa visão de mundo. Esta modifica e aperfeiçoa nossa filosofia de vida ou ética que, tende a reciclar pedagogias conseqüentes, gerando um ciclo de evolução.
Nenhuma pedagogia prescinde da disciplina e, somente, a disciplina mental-emotiva atenua o impulso de falar quando é momento de calar ou calar quando o esperado era a fala - a fala imprópria é o julgamento do inabilitado, do inoportuno, do inadequado...
Quem se encontra no momento de abrir ou fechar a porta do mercado de trabalho a alguém deve ser muito cuidadoso.

Objetivos do julgamento

O julgar deve ser seletivo aos objetivos do momento, e não crítico ou pelo não “bater do santo”.
Não devemos ter receio de julgar seletivamente, para discernir entre o que é bom e o que não é bom para nós e para a empresa, num determinado instante.
Na área do trabalho isso, é vital para a formação de nosso padrão de qualidade pessoal. E, devemos julgar e escolher sem qualquer tipo de culpa, pois sempre nós damos; só o que dispomos para dar nesse espaço de tempo. Isso é viver no presente, e viver no presente é fazer o melhor, e agora com ética.
Será que agi certo?
O que escolhe deve fazê-lo nem só pela mente, mas também com o coração; não apenas pelo sentimento, mas principalmente pela razão – parece contraditório; mas, não é; podemos chamar de feeling.

Nada é, nem pode ser definitivo.
Por comodismo, buscamos fixar determinados padrões de agir e reagir, e é para evitar a estagnação, que a todo instante somos colocados frente a frente com situações que nos obrigam a escolher ou a re-escolher, pois a evolução é um trabalho de reengenharia cósmica, ininterrupta e eterna...

O julgamento-escolha deve ser reciclado

Quando julgamos o ontem com o conhecimento de hoje, estamos dando um giro voluntário pelo “inferno”...
Ontem, tivemos plena liberdade de fazer o que nos foi possível ou quisemos fazer. Embora, balizados pelas conseqüências das escolhas de antes de ontem. Porém, isso não importa, o que realmente importa é que: é preciso agir e escolher hoje, com o conhecimento e com os recursos de agora. O verdadeiro erro é repetir as escolhas de ontem com o conhecimento de hoje... Reciclar os conjuntos causa-efeito e, alinhá-los às leis naturais, é a síntese da própria evolução.
Tirando as leis naturais da evolução, não devemos ser ortodoxos nem fiéis a nada...
Até que ponto?

Reciclagem contínua, assim agir, é ser fiel a si mesmo, ao seu destino, e esta é a única fidelidade que importa...

Exemplo:
Nem sempre ditamos as normas apenas as cumprimos – mas, vamos imaginar que a empresa para a qual trabalho exige aparência e vestuário politicamente correto – será uma atitude ética solicitar a um candidato que retorne para a entrevista com a aparência reciclada?

O que você faria?

Até a próxima.

Um comentário:

  1. Olá!
    Meu nome é Naísa Modesto, trabalho na Ketchum Estratégia, uma agência de relações públicas. Tudo bem? Gostaria muito de sugerir uma pauta para o seu blog. Para qual e-mail posso escrever? Meu contato é digital1@ketchum.com.br.
    Obrigada!
    Naísa

    ResponderExcluir